Rabino defende genocídio do povo palestino
De acordo com a ética de guerra judaica, escreveu Eliyahu, uma cidade inteira possui responsabilidade coletiva pelo comportamento imoral dos indivíduos. Em Gaza, toda a população é responsável por não fazer nada para interromper o lançamento de foguetes Kassam.
“Filho meu, ordena o Talmud, atende mais às palavras dos rabinos do que às da Lei” [Tratado Erubin, fls. 21 b].Todos os civis que vivem na Faixa de Gaza são culpados coletivamente pelos atentados com foguetes Kassam sobre Sderot, foi o que escreveu o antigo chefe Sefardita, o Rabino Mordechai Eliyahu, em uma carta endereçada ao Primeiro-Ministro Ehud Olmert.
Como conhecedor do Talmud, o rabino parece levar ao pé da letra este ensinamento: “O único sacrifício que se pede é que eliminemos os impuros que se encontrem entre nós” [Zohar III, 227b] – NR.
O Rabino Mordechai Eliyahu
Eliyahu declarou que não havia absolutamente nenhuma proibição moral contra a matança indiscriminada de civis durante uma enorme ofensiva militar potencial em Gaza destinada a deter o lançamento de foguetes.
Quando olhamos para as fotos das crianças palestinas trucidadas pelo poderio bélico de Israel, só podemos concordar com a coerência do rabino, pois está escrito no Talmud: “Derramai vossa ira sobre as nações que não vos reconhecem e sobre os reinos que não invocam vosso nome; derramai vossa indignação sobre eles e fazei com que vossa ira furiosa caia sobre eles, persiga-os e os destrua com vossa ira, sob os céus do Senhor” – NR.
A carta, publicada no Olam Katan (Small World), um panfleto semanal para ser distribuído em sinagogas nacionalmente nesta sexta-feira, mencionou a história bíblica do massacre de Shechem [Gênesis 34] e o comentário de Maimonide [Leis dos Reis 9, 14] sobre a história como provas textuais para a sua decisão legal.
De acordo com a ética de guerra judaica (Jewish war ethics), escreveu Eliyahu, uma cidade inteira possui responsabilidade coletiva pelo comportamento imoral dos indivíduos. Em Gaza, toda a população é responsável por não fazer nada para interromper o lançamento de foguetes Kassam.
A revista Veja mostra as vítimas palestinas da “ética de guerra judaica”
O antigo chefe rabino também disse que estava proibido colocar em risco a vida dos judeus em Sderot ou as vidas dos soldados das forças de defesa israelenses por medo de ferir ou matar não-combatentes palestinos que vivem na Faixa de Gaza.
Eliyahu não pôde ser encontrado para uma entrevista. No entanto, o filho de Eliyahu, Shmuel Eliyahu, rabino-chefe de Safed, disse que seu pai se opôs a uma incursão terrestre em Gaza que pusesse em perigo os soldados das forças de defesa israelenses. Pelo contrário, ele defendia que um “tapete de bombas” fosse despejado indiscriminadamente sobre a área a partir da qual foram lançados os Kassams, independentemente do preço das vidas palestinas.
“Se eles não pararem depois que matarmos 100, então temos que matar mil”, disse Shmuel Eliyahu. “E se não pararem após 1.000, então temos de matar 10.000. Se ainda não pararem, devemos matar 100.000, até mesmo 1 milhão. O que for preciso para fazê-los parar.”
Neste cenário cruel cabe bem o que está escrito na Torá (Velho Testamento), “Não farás aliança com eles nem será misericordioso com eles” [Deuteronômio, cap. 7,2], bem distinto dos ensinamentos de Jesus Cristo – NR.
Na carta, Eliyahu cita os Salmos: “Eu vou perseguir e apreender meus inimigos, e não vou desistir até ter erradicado eles”.
Eliyahu escreveu que “Esta é uma mensagem para todos os líderes do povo judeu a não serem compassivos com aqueles que atiram (foguetes) contra civis em suas casas.”
Fonte: The Jerusalem Post
haaretz.com, 22/01/2010.