Prefácio do livro
The Leuchter Report
Por Robert Faurisson
Engenheiros comprovam a impossibilidade de gaseamento em massa nos campos alemães.
Fred A. Leuchter (leia mais sobre as suas conclusões), de 45 anos de idade, é um engenheiro que reside em Boston, Massachusetts, e especializado no projeto e fabricação de equipamento usado nas prisões de todos os Estados Unidos. Um de seus principais projetos foi o de uma câmara de gás na Penitenciária do Estado de Missouri, em Jefferson City.
Em janeiro de 1988 estive em Toronto, no Canadá, ajudando na defesa do Sr. Ernst Zündel, um alemão-canadense que se achava sob julgamento sob a acusação de divulgar notícias falsas, tendo publicado "Morreram Realmente Seis Milhões?", um folheto que contestava a opinião dominante de que Seis Milhões de Judeus foram mortos pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, principalmente pelo uso de câmara de gás onde teria sido usado o gás hidro-cianureto (Zyklon B). Ernst Zündel havia sido anteriormente submetido a julgamento pelo mesmo motivo de 1985. Esse julgamento durou sete semanas e terminou com uma condenação e sentença de quinze meses de prisão, cumprida em liberdade. Em janeiro de 1987 o Tribunal de Apelação de Ontário revogou tal julgamento, devido a graves erros de justiça e ordenou a realização de outro. Esse segundo julgamento teve início em 18 de janeiro de 1988 e, no momento em que escrevemos, ainda não terminou.
Minhas conversas iniciais com Fred Leuchter ocorreram em Boston nos dias 3 e 4 de fevereiro de 1988. Fiquei impressionado pela concisão de suas respostas a minhas perguntas e por sua capacidade de explicar todos os detalhes das etapas de morte por gaseamento. Ele me confirmou a natureza especialmente perigosa de uma execução por hidro-cianureto.
As execuções que utilizam esse gás foram realizadas pela primeira vez nos Estados Unidos em 1924, mas até 1988 ainda se apresentavam dificuldades de monta na construção de câmaras de gás para execução de seres humanos, entre elas o problema do vazamento. Observei que Fred Leuchter não punha em questão a noção comum sobre o Holocausto.
Após meu regreso de Boston a Toronto, e após eu haver informado Ernst Zündel sobre minhas conversas com Fred Leuchter, o Sr. Zündel resolveu pedir àquele senhor que preparasse um laudo técnico sobre as alegadas câmaras de gás de Auschwitz, Birkenau e Majdanek.
O Sr. Leuchter aceitou o encargo e após um fim de semana em Toronto, examinando fotografias aéreas tiradas durante a guerra, fotografias essas mostrando os campos de concentração, plantas baixas e planos dos crematórias e das alegadas câmaras de gás, documentos sobre o Zyklon-B (marca de desinfetante especial contra piolhos e similares) e dispositivos feitos no local, nos anos 70, pelo pesquisador sueco Ditlieb Felderer.
Em 25 de fevereiro de 1988 o Sr. Leuchter partiu para a Polônia juntamente com sua esposa Carolyn, seu desenhista Howard Miller, cinematografista Jürgen Neumann e o intérprete polonês Theodor Rudolph.
Regressaram oito dias depois, a 3 de março. Ao regresso, Fred Leuchter preparou seu relatório de 192 páginas, incluindo os apêndices. Suas conclusões eram claras: haviam provas esmagadoras de que não tinham existido câmaras de gás para a execução de seres humanos em Auschwitz, Birkenau e Majdanek, e que tais alegadas câmaras, nesses locais, não poderiam ter sido, nessa época ou nos dias de hoje, usadas ou seriamente levadas em consideração para funcionar como câmara de execução pelo gás.
Nos dias 20 e 21 de abril de 1988, ele se apresentou ao banco de testemunhas em Toronto. De início, respondeu às perguntas apresentadas pelo advogado do Sr. Ernst Zündel, o Sr. Douglas Christie. O Sr. Leuchter, depois disso, enfrentou o interrogatório cruzado pelo Promotor da Coroa, um funcionário forense, e consultas freqüentes a assessores judeus sentados logo atrás dele no tribunal. O interrogatório e o interrogatório cruzado tiveram lugar na presença de um juiz e de um corpo de 11 jurados. Na sala do tribunal a atmosfera era de extrema tensão. Eu me achava sentado ao lado de uma série de peritos revisionistas, entre eles o Dr. William Lindsey, químico-chefe de pesquisas da DuPont Corporation antes de se aposentar em 1985. Todos no tribunal, a despeito de seus pontos de vista pessoais sobre o assunto em exame, percebiam nitidamente, ao que acredito, estar participando de um acontecimento histórico. O mito das câmaras de gás chegava ao seu fim.
Na véspera, o diretor da penitenciária de Missouri, Bill Armontrout, prestara seu depoimento explicando os processos e o funcionamento real de uma câmara de gás de cianureto. Para todos os ouvintes atentos ficou revelado que é tão difícil executar uma única pessoa desse modo que a alegada execução de milhares de pessoas, pelos alemães, usando-se o gás Zyklon B, equivalia ao problema da quadratura do círculo. Após Fred Leuchter no banco de testemunhas veio o Dr. James Roth, Ph.D. (Universidade Cornell), diretor dos laboratórios analíticos Alpha em Ashland, Massachusetts. O Dr. Roth declarou que resultados haviam sido obtidos com exame de amostras tiradas das paredes, pisos, tetos e demais superfícies dentro das alegadas câmaras de gás de Auschwitz I e Birkenau. Tais exames não haviam revelado qualquer sinal de vestígios de cianureto, ou então níveis extremamente baixos. A exceção era a amostra de controle número 32, tirada da Sala de Despiolhamento Número Um, em Birkenau. Tais resultados foram graficamente no Apêndice I do relatório e mostrado aos jurados por um projetor sobre suas cabeças.
A diferença em cianureto registrada ebtre a instalação de despiolhamento, por um lado, e as alegadas câmaras de gás, por outro lado, mostrou-se espetacular. Os níveis extremamente baixos de cianureto encontrados em alguns crematórios se deviam, a meu ver, à desinfecção dos mesmos durante a guerra.
Acredito ter sido o primeiro a fazer ver que todos os estudos e exames feitos das alegadas câmaras de gás alemãs usando o Zyklon B deviam ser iniciados com um estudo das câmaras de gás norte-americanas para a execução de seus condenados á morte. Já em 1977, com a ajuda de um amigo norte-americano, Eugene C. Brugger, advogado da cidade de Nova York, dei início a um exame nesse setor. No curso da pesquisa obtive informações de seis penitenciárias estaduais nos Estados Unidos, as de San Quentin na Califórnia, Jefferson City no Missouri, Santa Fé no Novo México, Raleigh na Carolina do Norte, Baltimore em Maryland e Florence no Arizona. Fui obrigado a concluir, na ocasião, que somente um perito em tecnologia norte-americana de câmara de gás poderia afinal esclarecer além de dúvidas se as alegadas câmaras de gás alemãs poderiam ser usadas como é descrito pelas obras sobre o "Holocausto". No decurso dos anos seguintes, meus artigos sobre as câmaras de gás alemãs sempre se referiam às câmaras de gás norte-americanas. Tais artigos incluiam "O Boato de Auschwitz ou Problema das Câmaras de Gás", publicado a 29 de dezembro de 1979 pelo jornal francês Le Monde, e uma longa entrevista publicada em agosto de 1979 pelo periódico italiano Storia Illustrata. Visitei a câmara de gás de Baltimore,
Maryland, em setembro de 1979 e obtive oito fotografias desta câmara e outros documentos. Depois disso, durante um encontro ocorrido na cidade de New York, sob a presidência de Fritz Berg, mostrei o Registro de Procedimento de Câmara de Gás da penitenciária de Baltimore e examinei as suas decorrências. Em 1980, na primeira edição do recém-fundado Journal of Historical Review, publiquei um artigo intitulado "O Mecanismo do Gaseamento", em que descrevi com alguns detalhes os procedimentos nas câmaras de gás utilizadas nos Estados Unidos. Naquele mesmo ano publiquei em Vérité Historique ou Vérité Politique? as oito fotografias da câmara de gás de Baltimore. Meu vídeo intitulado "O Problema das Câmaras de Gás", feito em 1982, iniciava com uma análise das câmaras de gás norte-americanas. Em 1983 preparei para o Instituto da Revisão História de Los Angeles um livro que incluiria pela primeira vez uma lista de perguntas feitas aos diretores de penitenciárias, e as suas respostas. O livro, entretanto, nunca foi publicado: a 4 de julho de 1984, Dia da Independência dos Estados Unidos, os arquivos do Instituto foram destruídos por incendiários. Esse incêndio destruiu, para todos os fins e meios, a possibilidade financeira daquele Instituto, bem como uma série de projetos, entre eles o meu livro, que foram abandonados.
O Holocausto parece ter se tornado um assunto de proporções máximas. Mas esse "gigante", como o Dr. Arthur Butz fez ver em The Hoax of the Twentieth Century (A Fraude do Século Vinte), é um gigante com pés de barro. Para ver seus pés de barro não é preciso ir ao campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. Nas palavras do Dr. Wilhelm Stäglich, "a tese de extermínio se apóia ou cai com a alegação de que Auschwitz foi uma `fábrica da morte'". Quanto a mim, todo o mistério de Auschwitz se concentra, por sua vez, nos 65 metros quadrados da alegada câmara de gás de Auschwitz e nos 210 metros quadrados da alegada câmara de Birkenau. Esses 275 metros quadrados deveriam ter sido examinados de modo forense imediatamente após a guerra, pelos aliados, mas nenhum exame foi então efetuado então ou depois disso. O magistrado de exame, polonês, Jan Sehn, ordenou alguns exames forenses em Auschwitz, mas não das alegadas câmaras de gás.
A pesquisa efetuada pelos revisionistas já demonstrou que os locais atribuídos a câmaras de gás não poderiam ter sido usados para esse fim. Dietlieb Felderer publicou fotografias demonstrando a construção frágil de aberturas e portas dando para as câmaras e a falta de mancha de azul da Prússia nas paredes. Eu próprio já havia descoberto em 1975, nos arquivos do Museu Estatal de Auschwitz (arquivos muito bem guardados pelos funcionários comunistas) as plantas dessas alegadas câmaras de gás e fui o primeiro a publicá-las em diversos livros e artigos. Tais plantas foram exibidas na primeira convenção do Instituto de Revisão Histórica de Los Angeles em 1979, quando o Sr. Zündel se achava presente. Na verdade, tais alegadas câmaras de gás haviam sido mortuários (morgues, necrotérios), ou, como indicado nas plantas, "Leichenhalle" para Krema I (mais tarde transformado em abrigo anti-aéreo) e "Leichenkeller" no caso do Krema II.
Mesmo assim, para obter uma confirmação inteiramente científica do que o simples bom senso nos obrigava a ver e o que os documentos e as pesquisas revisionistas revelavam, foi preciso buscar um especialista norte-americano em câmaras de gás. Procurei desesperadamente encontrar este especialista, mas, com franqueza, tinha poucas esperanças em achá-lo, um homem que não apenas fosse perito em tecnologia de câmara de gás como também tivesse coragem suficiente para efetuar tal investigação num país comunista e publicar os resultados. Por sorte, eu estava enganado.
Fred Leuchter era esse especialista. Ele foi à Polônia, efetuou os exames forenses, redigiu seu relatório e prestou depoimento no tribunal canadense a favor do Sr. Zündel. Ao fazê-lo, ele ingressou discretamente na História. Fred Leuchter é um homem modesto, mas tranqüilamente decidido, que fala com precisão. Seria um excelente professor e tem o dom real de fazer as pessoas compreenderem as complexidades de qualquer problema difícil. Quando lhe perguntei se tinha ou não receio de quaisquer conseqüências perigosas, sua resposta foi: "Um fato é um fato". Ao ler o Relatório Leuchter, David Irving, o famoso historiador britânico, disse a 22 de abril de 1988, durante seu testemunho em Toronto, que se tratava de um documento "demolidor" e que se tornaria essencial para qualquer historiador que escrevesse sobre a Segunda Guerra Mundial.
Sem Ernst Zündel, quase nada do que agora veio a furo teria sido concebível. Ele sacrifica tudo, em sua pesquisa pela precisão e a realidade histórica e vive em condições difíceis, enfrenta inimigos influentes e poderosos. A pressão exercida contra ele é permanente e surge às vezes das formas mais inesperadas e malignas. Mas ele é dotado de personalidade forte e de carisma. Ele sabe como analisar cada situação, avaliar a proporção das forças, transformar a adversidade em vantagem. De todas as partes do mundo ele atrai e mobiliza pessoas altamente competentes. É um homem profundo, em que se combinam o bom-senso e uma percepção aguda das pessoas e das situações.
Ele pode ir novamente para a prisão, por suas pesquisas e crenças, ou ser ameaçado com a deportação. Tudo isso é possível. Qualquer coisa pode acontecer quando existe uma crise intelectual e um realinhamento de conceitos históricos de tamanha dimensão. O revisionismo é a grande aventura intelectual deste final de século. Seja lá o que for que aconteça, Ernst Zündel já é vitorioso. Ele é o pacifista/ativista que alcançou esta vitória, por meio dos poderes da razão e da persuasão.
Robert Faurisson:
23 de abril de 1988, Toronto, Canadá
Ernst Zündel foi considerado "culpado" pelo júri a 11 de maio de 1988, de ter "disseminado notícias falsas sobre o Holocausto"... Foi condenado a nove meses de prisão, ficando livre após uma fiança de 10.000 dólares canadenses, pagos por uma espectadora, e assinar um termo de "silêncio" até o julgamento de seu pedido de recurso, encaminhado imediatamente pelo seu advogado, que citou dezenas de fatos totalmente desconsiderados pelo Tribunal... Com isso ele se juntou a Galileu! Estou curioso para saber quantos julgamentos ainda serão necessários para desmascarar definitivamente a farsa. Seu advogado Douglas Christie vai convocar novo julgamento - será o terceiro!
Outras equipes de engenheiros, uma austríaca e outra polonesa investigaram as memas instalações, chegando as mesmas conclusões. O trabalho polonês fez inclusive o diretor do museu do holocausto, em Auschwitz, retirar todas as placas que informavam da morte de 4 milhões de pessoas naquela instalação. Você viu algo sobre isso na TV?
Eu não...e nunca veremos. Até o papa já visitou tais placas e rezou defronte a elas...e é tudo mentira!
Prefácio do livro The Leuchter Report editado no Brasil pela Revisão Editora Ltda, com nome de: "Acabou o Gás... O Fim de Um Mito".Original francês em Ecrits révisionnistes, II, 1999.