A visão de Herzl do Estado Judaico
Theodor Herzl
Nos seus diários (“The Complete Diaries of Theodor Herzl, Fundação Herzl, Nova York, 1960), o fundador do sionismo delimitou da seguinte maneira o território que abarcaria o Estado Judaico: “Desde o rio do Egipto até ao Eufrates” (Vol. II, página 711).Quarenta e três anos mais tarde, em 9 de Julho de 1947, as ideias sionistas de desejo de extensão do Estado de Israel a criar-se em seguida, foram anunciadas da seguinte maneira pelo rabino Fischmann, membro da Agência Judaica, antes da Comissão Especial Investigadora sobre a Palestina: “A Terra Prometida estende-se desde o Nilo até ao Eufrates”. Quando essas ideias são passadas a um mapa, o resultado é o seguinte:
Os “Diários” de Herzl têm um significado ainda maior que o seu escrito político “O Estado Judaico” para entender o espírito do sionismo. O programa de colonização sionista da Palestina de 1896, resumido na frase de Herzl, “Uma terra sem povo para um povo sem terra”, substancialmente adoptou uma visão colonialista da formação do Estado Judaico, segundo a qual os povos situados para além das fronteiras da “civilização” não têm direitos. De facto, o fundador do sionismo sugeriu: “Antes de mais, os sionistas deverão adquirir as terras árabes em quantidades suficientes”, copiando perfeitamente a lógica da terra nullius e das “tribos bárbaras”.
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